Metaverso e Brand Persona: entenda o que é essa estratégia e como grandes empresas a utilizam

Metaverso

Que a tecnologia está intimamente ligada ao nosso dia a dia já não é segredo para ninguém. Boa parte dos processos de vendas e marketing migraram para o digital, e não há nenhum sinal que voltarão a ser processados de forma física. 

Para ter uma ideia, um levantamento feito pela consultoria Newzoo em 2021 mostra que o Brasil tem cerca de 109 milhões de usuários de smartphones atualmente, número que equivale a mais da metade da população nacional. 

Os números são ainda mais expressivos quando o assunto envolve vendas online. Na pandemia, cerca de 86% dos brasileiros que utilizam smartphones realizaram ao menos uma compra de forma virtual. É o que mostra a pesquisa da Setores do E-commerce Brasil. 

Muito além da virtualização de processos, sobretudo os comunicacionais, é preciso falar também sobre a virtualização da vida em si. As possibilidades da coexistência de uma realidade virtual, de universos habitáveis além do que nos é palpável, já fazem parte do cotidiano humano, sem a gente sequer se dar conta disso.

Considerada por muitos pesquisadores a maior revolução tecnológica desde a popularização dos smartphones, a concretização do Metaverso tem provocado severas mudanças na maneira como vivemos e geramos conexões. 

O Metaverso tem como proposta nos levar para além do que nossas mãos conseguem tocar. Ele nos convida a viver um mundo paralelo, cercado por virtualidades que potencializam nossas conexões ao encurtar ainda mais as distâncias – ou aumentá-las, dependendo do ponto de vista.

Esse conceito tem sido aplicado em diversos setores como o de videogames, medicina, artes e identidade digital. Há empresas inclusive que transpõem a brand persona para essa nova realidade, inovando na maneira como se comunicam com os clientes.

Mas, afinal de contas, o que é Metaverso? E como as grandes marcas utilizam esse conceito ao próprio favor? Se você tem interesse em aprender mais sobre esse assunto, não deixe de ler esse post. 

O que é Metaverso?

No sentido literal, o termo “Metaverso” significa “além do que vem do universo”. Ele está ligado a uma realidade virtual, capaz de gerar conexões entre o mundo real e o digital. Ele traz como principal consequência uma revolução na maneira como consumimos serviços de entretenimento e produtos dos mais diferentes setores.

Essa realidade aumentada tem sido usada de diferentes formas para potencializar a jornada do consumidor. Ela está presente, por exemplo, nos simuladores dos parques da Disney na Flórida (EUA). Também é bastante aproveitada na medicina, nas cirurgias à distâncias e cursos que utilizam corpos robotizados para o treinamento de alunos. 

Essa nova realidade também garante a autenticidade das obras e a exclusividade da original no meio artístico, através dos NFTs. E, por falar em NFTs, você sabe o que eles significam?

NFTs é uma sigla para token não fungível, ou seja, um tipo especial de token criptográfico que representa algo único. Eles são responsáveis por garantir a autenticidade das compras e transações no Metaverso.

O Metaverso também é utilizado para a “humanização” de brand persona de grandes empresas como a Natura e a Magazine Luiza, através da criação de avatares digitais, conforme analisaremos em breve.

Como surgiu o Metaverso?

A construção de realidades paralelas é mais antiga do que se imagina. O Metaverso já havia sido citado anteriormente na literatura, por uma vertente da ficção científica chamada de “cyberpunk”. É o caso do livro ‘Snow Crash’, publicado em 1992. Na obra, um entregador encara uma conspiração de um culto que possui um vírus de computador capaz de infectar seres humanos.

O conceito aparece também no cinema com o filme ‘Matrix’ (2003) e no videogame Fortnite (2017). No cenário criado pelo jogo, os usuários interagem com amigos, desempenham funções do cotidiano e chegam até a acompanhar shows.

Nesses locais os usuários estão dentro de um mundo virtual, onde as pessoas interagem entre si e com o todo.

O termo se popularizou no evento Facebook Connect 2021, realizado no dia 28 de outubro. Na ocasião, Mark Zuckerberg anunciou mudanças no conjunto de empresas que é dono, agora chamada de “Meta”. Ele ainda defendeu que o Metaverso representa o grande futuro da internet, que deve ser cada vez mais usado para viver experiências.

A rede de Mark Zuckerberg chegou a investir cerca de 50 milhões de dólares no segmento e almeja desenvolver aplicações de Metaverso entre 2031 e 2036.

Outras empresas também passaram a investir na área. Esse é o caso da Microsoft, por exemplo, que desenvolveu uma plataforma capaz de realizar reuniões com hologramas, o Mesh.

Metaverso, brand persona e avatares digitais: você conhece a Lu do Magalu?

A construção de um personagem que é a personificação ideal da empresa é um conceito antigo do marketing que recebe o nome de brand persona. Ela tem sofrido alterações através do Metaverso. Agora, ela pode se transformar em uma figura com traços humanos em ilustração ou traços 3D.

Os influenciadores de inteligência artificial estão transformando a maneira como as empresas se comunicam com o público. Esses personagens se espelham na Brand Persona construída pela marca, transparecendo os valores e o perfil da loja em forma de aparência, atitudes e personalidade.

Essa aproximação gera uma comunicação mais humanizada com o público. Além disso, transforma a empresa em uma influenciadora, capaz de aconselhar e indicar produtos para o consumidor. 

O principal case de sucesso de humanização no branding que se tem notícia no Brasil é a Lu do Magazine Luiza. Ela foi criada em 2003 e desempenhava inicialmente o papel de bot de atendimento ao cliente.

Em 2009, a influenciadora digital do Magazine Luiza ganhou o nome de “Lu” e assumiu as redes sociais da empresa. Com o passar dos anos, o engajamento com a Lu se tornou pessoal. As pessoas se interessam e se identificam com os produtos que ela utiliza na web, e não é por acaso que foi eleita como uma das dez personalidades mais influentes do mercado, ocupando o mesmo espaço que grandes influenciadoras reais.

Lu possui até mesmo um canal do Youtube, onde dá dicas de jogos e faz a review de alguns produtos. Atualmente, ela ultrapassa a marca de 12 milhões de seguidores nas redes sociais, e realiza campanhas até mesmo para outras empresas.

Ela já chegou até mesmo a participar do quadro “Super Dança dos Famosos”, do antigo ‘Domingão do Faustão’, exibido pela TV Globo. Em junho de 2021, também participou do clipe da música ‘My Head (Can’t Get You Out)’, do DJ Alok. Posteriormente, ela fez a propaganda dos produtos Samsung que usou na gravação, oferecendo cupom de desconto para os seguidores.

Lu da Magalu não é a única influenciadora virtual que tem feito sucesso no Brasil. Outras marcas também têm investido nessa tendência de branding, como é o caso do Bradesco, que criou a Bia, e também da Nat, da Natura. 

Quando trazemos isso para a realidade do Metaverso, algumas marcas já informaram que a intenção da criação da brand persona como a Lu, por exemplo, é para que elas interajam “pessoalmente” com os clientes nesse universo paralelo., apresentando a marca

A Tegra seguiu por esse caminho e recentemente criou a Clara, sua brand persona, para apresentar a marca em feiras virtuais.

No seu dia a dia, você percebe o impacto dessa estratégia? A realidade virtual já faz parte de nosso cotidiano. 

Quais desafios a realidade virtual nos proporciona?

Novas possibilidades de carreiras, otimização de tarefas e encurtamento de distância são apenas alguns dos impactos positivos do uso do Metaverso. No entanto, até que ele atinja a maioria da população e se torne de fato uma realidade, há muito trabalho a ser feito.

Há, dentro das empresas, a necessidade de reinvenção e aprimoramento de tecnologias que suportem adequadamente o desenvolvimento do Metaverso. É um esforço que requer tempo e verba.

Existem também uma série de questionamentos ligados à privacidade de dados e comportamento. Todos os problemas que já norteiam as redes sociais, relacionados sobretudo ao anonimato, aparecem no Metaverso e é preciso criar novos códigos e regras para manter a harmonia nessa nova realidade.

Sobre a Agência Titânio

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